who you think is holding the atoms of this world together?
o segundo dia do curitiba rock festival foi perfeito. Chuva, um frio do caráleo e muito menos gente e portanto menos tumúltuo. Lúcio Ribeiro tava lá, lógico. Álvaro P Jr é um tremendo de um tiozinho indie, tava até de tenis puma. hehe. O Rafa num tem cara daqueles moleques que caem de boca no chão?
engraçado eu confundindo o Fábio Massari com o Humberto Finatti:
eu: 'dom, olha o finatti ali'
dom: 'num eh o finatti, eh o massari'
minutos depois:
eu: 'dom, o finatti ali de novo, olha'
dom: 'num eh o finatti porra, eh o massari'
afe. dislexia. mas enfim.
Ultramen
não vi e não gostei. quero dizer, vi alguns minutos e não gostei. cansei das bandinhas gaúchas já tem tempo. mas o dom falou uma coisa certa, essas bandinhas, por estarem em casa, já entram com o jogo ganho. o pessoal se amarrou.
Raveonettes
eu gosto pra caráleo de Raveonettes. lembro de quando ouvi 'that great love sound' endoidei com a música. quando vi o cd pra vender numa lojinha há uns dois anos atrás lá em brasília, falei pra tia: 'se for até 30 reals eu compro'. ela falou: '29'. putz, que cd foda. é estranhamente bom ouvir esse tipo de som, que remete a anos 80, 70 ou 60 ou 50, sei lá, em plenos anos 00. diminui um pouco a dor de não termos mais o Jesus and Mary Chain com a gente.
lembro da mina lá na obra, que pediu raveonettes pro dj. aí tocou 'attack of the ghots riders', eu quebrando tudo, aí ela vem e me pergunta 'isso que tava tocando era raveonettes?'. pô, era sim moça.
e de novo, rola uma coisa meio mágica, meio 'to sonhando' quando você vê uma banda que você tanto gosta tocando ali, na sua frente. não entendi muito mas a galera não pulou desesperadamente. o povo empolgou, mas não muito. acho que estavam lá pra ver o mercury rev. fato é que eu me acabei com 'my boyfriend's back', 'love is a trashcam', 'attack of the ghost riders', 'that great love sound' e "little animal". mais um showzinho memorável pra coleção. observações importantes:
- a tia do raveonettes eh mó gostosa e simpática. termina o show e ela desce do palco e se abraça com o povo ali da frente. tremenda coxuda.
- o guitarrista eh o cara mais feio do rock, o que transforma ele numa pessoa tremendamente simpática e única. olhar meio assim de jack o estripador.
Mercury Rev
em um daqueles livros sobre ditadura militar no Brasil o Elio Gaspari fala alguma coisa mais ou menos assim: "o que há de sedutor na tortura é que ela funciona. o cara não quer falar, apanha e fala."
é mais ou menos isso que acontece com o lance de auto ajuda. É por isso que eu tenho pavor de qualquer coisa que remeta ao conceito de auto-ajuda. porque funciona. parece religião. faz as pessoas se sentirem melhores. e eu definitivamente não quero me sentir melhor. por isso
nunca comprei e nunca vou comprar um livro do Roberto Shinyashiki ou do Lair Ribeiro. 'O sucesso é ser feliz' é o caráleo.
O show do mercury rev foi o melhor show que já vi na minha vida. Se juntarmos fatores como surpresa, capacidade hipnotizante, performance, momento, o mercury rev foi a melhor experiência musical que já tive. fácil.
e sabe por quê? Porque me fez sentir melhor. me fez sentir esperançoso. triste e esperançoso. juntando covardemente esses elementos de auto ajuda com música extremamente inspirada e bem tocada, ele ganhou todo mundo, fácil fácil.
o show é acompanhado com um telão projetando imagens fantásticas atrás da banda. milhões, milhões de alusões, referências, frases (às vezes nem tanto) otimistas. covardia pura.
junta essas projeções, o vocal transformado em mago, bruxo, olhar satânico, dominando cada segundo do show, e aquelas músicas meio óperas travestidas de rock... foi uma hora e meia de viagem. parecia até que eu tinha fumado maconha, de tão hipnotizante.
e finalmente entendi o que a pessoas querem dizer com 'frontman'. até em momentos supostamente menores no show (o cara tocando com um serrote, muitas músicas que eu não conhecia), era impossível tirar os olhos do performático vocal. já falaram isso aí por resenhas a fora e é verdade. parecia que a qualquer momento o cara ia sair voando. de cortar o coração.
ponto alto do show. tocando 'in the wilderness', olho pro mezanino, uma mulher chapadona na música, chorando pacas. é sério, tava escorrendo lágrimas na mulher. 'how can a woman i love, be so strooooong'. emocionou demais, viu.
não que eu tenho visto muitos shows na minha vida. mas volto a repetir. Show do Mercury Rev foi a melhor experiência musical que tive. Saí de lá transtornado.
who you think is holding the atoms of this world together?
you are.
lemona - giant drag
6 Comments:
afe.
adorei o texto!
afe, qdo vier o texto do strokes...
fueda, velho.
O Rafa num tem cara daqueles moleques que caem de boca no chão?
gfdgsdfgadsfgasdfgasd
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