Parara, um sedutor.

Bah, todo mundo meio de saco cheio, meio puto, meio cansado, meio calabresa, meio mussarela, mais ainda completamente homofóbico quando o Zeca Urubu Himself aparece na festa, DO NADA, e se posiciona com as asas abertas ao lado do Parara Pururu, que àquela altura já atraía olhares libidinosos de um duo guêi muito bizarro. Gargalhadas. O duo guêi sente que precisa ser mais ousado se quiser conquistar o nosso amigo Parara Jururu. Mas o Zeca Urubu é malandro. É carioca. Tem malemolência. E, desejoso de averiguar a qualidade/quantidade das carnes em que pretendia se apossar, faz um movimento de translação ao redor do Escroto e fixa os olhos nas nádegas indies do nosso amigo. Tipo eu quando estou na fila do supermercado e quero olhar a bunda de alguma gostosa distraída. Mas a ação dele foi muito mais organizada, mais coesa, parecia um movimento de bailarina. Ele deu um passo pra trás, sem se virar e depois um passo para o lado esquerdo, pra se distanciar do alvo e poder ter uma visão melhor do todo e, penso eu, pra analisar a bunda pararapurururiana mais criteriosamente, levando em conta a iluminação, as curvas, o perfil e etc. Tudo isso seguido de uma bicada na cerveja e de uma inclinação de cabeça que imagino seja de reprovação, já que não rolou o approach. Gargalhadas mil. Sincope generalizada, cinco pessoas no chão, desmaiadas, outras tantas se mijando: umas nas outras. Cotoveladas.