claro que não podia ser perfeito. ele tocou sem os óculos.
é engraçado esse lance de gostar de música. assim que botei o pé no ônibus e os fones nos ouvidos, me pergunto, 'porra, viajar 2 mil km, gastar uma grana que eu não tenho pra assistir meia dúzia de bandinhas tocando música pop? é isso mesmo?'.
no exato instante em que o ônibus chega na rodô em curitiba começa a tocar, randomicamente falando, the good life (sim, eu consegui vencer o elliot-smith-filha-da-puta-ainda-bem-que-já-morreu-e-num-atormenta-mais-a-gente). 'it's time i got back to the good life'. é isso que ele
fala? gente boa esse rapaz.
chegando no hotel, olha a cena. flávio caminhando austisticamente, aquele símbolo redondo do cpf do ano passado no peito, os fones, sempre eles, no ouvido, dou de cara com uns 51354874 indies na escada do treco. caraca, que medo desse povo indie! é sério, parecia que curitiba tinha sido tomada por eles.
almoço. shopping. depois de esperar duzentas hora por um prato de comida, damos uma passada na cultura, lojinha de livros e cd's e tal... divinha o que tava tocando?? afe. 'i'm the man who loves you'. afe. fiquei la ouvindo umas musiquinhas do yankee até que o dom num guentou mais e fomos embora. de novo, não existe nada mais foda do que ouvir essas bandinhas-deus meio que por acaso, em ocasiões em que não foi você quem colocou a pérola pra rolar.
fomos então à procura do lugar onde seria o show. longe pra caráleo, terrenos baldios, buracos, lama, chuva, afe. 'é aqui que eu vou ver o weezer?'. MASSA!!
chuva. frio. weezer. afe.
charme chulo. bandinha legal, de curitiba, totalmente smiths. vocalista do tipo
eu-quero-ser-o-morrisey-mas-num-chego-nem-perto-do-renato-russo (pra sorte dele). gostei.
biônica. na onda do eletropunk, tipo cansei de ser sexy. achei horrível. parece as frenéticas com pegada punk. desceu não.
acabou la tequila. pô, num conhecia e morri de ódio por isso. nervoso, espancando... nervosamente a bateria (foi mal, foi mal), gabriel do autoramos na guitarra, kasim, produtor do loser manos, e outros cabeças la. fino. também, com essa constelação de ícones indies na banda,
impossível o treco não ser bom.
discotecagem antes do show do weezer. toca um ramones, trocentas pessoas pulando e cantando a musga. toca teenage kicks do undertones e um imbecil do meu lado fala 'teenage kicks, buzzcoks!'. tá bom. aí rola obstacle 1 e o mesmo imbecil: 'killers'. tá bom.
weezer.
putaqueopariu. demorou trocentos anos pra começar a porra do show porque um produtor feladaputa lá num tava de acordo com alguma coisa no palco. nego já tava vaiando quando os bons moços entraram.
como descrever? como descrever um show com músicas que fazem parte, as vezes se confundem com a sua vida? quantas vezes já dançamos ao som de weezer, ou rimos ao ver aquela indiezinha gritando 'toca weezer', ou olhamos surpresos pra camisetas com esse nominho estampado?é isso que faz um show desses ser mágico. não é só música que o cara tá tocando lá. são as suas músicas. é a sua vida (e quando a gente fala de weezer, é isso mesmo, é a SUA vida) que ele tá cantando lá na frente.
e isso tudo acontecendo num lugar-fim-de-mundo de curitiba, para 3500 pessoas. não precisa falar que o povo insandeceu no primeiro acorde de 'my name is jonas'. indescritível.
eu não sabia se pulava, se prestava atenção só na música, se prestava atenção no povo cantando tudo. o fato é que eu queria aproveitar o máximo possível, fazer com que aquela porra durasse a noite toda.não durou. mas enquanto durou acho que eu tava sonhando. numa escala hierárquica de shows que já vi, empatou com o teenage em são paulo no ano passado.
e os carinhas estavam muito empolgados. falando com a galera horrores, o baixista, acho que o maior nerd de todos os tempos, empolgadasso. tudo bem, não tocou 'the world has turned and left me here' (como assim não tocaram essa?????) e não tocou 'keep fishing'. num tocou quase nada do malatroid, acho que soh uma. mas tocou o blue álbum quase inteiro. EU VI BUDDY HOLLY AO VIVO! THE GOOD LIFE!!!! (parara, quero uma camiseta 'eu vi the good life ao vivo'. eu quero.)
olhos cheios de água em 'in the garage' (essa eh A música) e em 'say it ain't so'. pessoas morrendo ao som de 'don't let go' e 'photograph'. afe.
as surpresas:
acaba o show, aí a galera olhando pro palco esperando o bis. o cara aparece no mezanino, perto de onde eu tava e começa a tocar... 'hip hip. hip hip. hip hip. when you're on a holiday... you can't find the words to say... all the things that come to you... and i wanna feel it to...' acústico. só de violinha. só ele e a galera. pô, emocionou viu.
voltaram, tocaram mais umas três músicas. chamaram um carinha pra tocar undone com eles. tenho dó desse cara, pq daqui pra frente é só descida. é só ladeira abaixo. depois de ter tocado undone com o weezer meu amigo, não espere muita coisa da vida agora tá?
e foi isso. o raveonettes e mercury rev fica pra outra (se é que eu posso chamar esse 'testemunho' de) resenha.
eu vou ver o kol e o strokes e o arcade fire e o wilco e o elvis costello e eu quero que o mundo se exploda depois: elliot smith - let's get lost
10 Comments:
caraleo!
CA-RA-LEO!
mió resenha de todos os tempos, tô arrepiado. jezuz, eu li milhões de coisas na net mas todo mundo fala a mesma coisa, tipo "os caras são foda", "os caras são isso, aquilo".
bah, nego apaixonado com musga é o q há.
tio, me dá um autógrafo?
vô lê de novo.
putz. q lindo.
Puxa... vc me fez querer ter ido!
porra, me fez querer ter ido 6x!!!
foda.
perdemos.
island in the sun acústica.
não escuto weezer nunca mais.
tu viu buddy holly e ao vivo e não foi num show do Bidê ou Balde.
hdohafçsdhfoiashdf.lahsdf.klas
que massa.
não escuto weezer nunca mais.
quero ir no show do weezer.
velho, a parte do "como descrever?" me emocionou.
sério.
[url=http://kaufencialisgenerikade.com/]cialis generika[/url] cialis bestellen ohne rezept
[url=http://acquistocialisgenericoit.com/]prezzo cialis[/url] prezzo cialis 5 mg
[url=http://comprarcialisgenericoes.com/]cialis[/url] cialis
[url=http://achatcialisgeneriquefr.com/]acheter cialis[/url] cialis
Postar um comentário
<< Home